sexta-feira, 3 de maio de 2013

Estação




Um homem nu levanta uma bandeira
Pobre minas!
Por quê esconder com parte do manto
A genitália?
Boquiaberto, ele olha o edifício da Praça...
Quando o colocaram ali?
Talvez essa Estação não fosse tão “segura”
Ou assegurada....


Quem são os que abaixo do homem
O parecem sustentar?
E, que significa o latim escrito
Em sua base?

Ó minas gerais!
Conhece-te
E conheça-nos, nós que lutamos para em ti sobreviver
não aprendemos
Nem acessamos o segredo
Oculto e (in)seguro dessa Estação que é Praça!
                                                                                                                             05-11-12



                                  




quarta-feira, 1 de maio de 2013

Saraivada



É preciso uma saraivada de verbos, 
um derramamento substantivo, 
um escoamento de sílabas.
É urgente um furacão de parágrafos!
Um maremoto de vírgulas,
Colocadas sem apostar
Mas no aposto certificado o lugar
É imprescindível algo escrito
No império do olho sobre o ouvido
No império da imagem sobre o silêncio.

                                                                                              Insone 21-01-12


quarta-feira, 10 de abril de 2013

Reflexão

Eu trago a palavra
que corte profundo
que sangre a verdade
no corte do mundo

Passeio entre os ramos
de flores e espinhos
não vejo a mudança
mas vejo um caminho

Eu velo o sono do campo
e da mata
não saio de perto
só peço que algo se faça

Eu traço uma linha
de escrita com jeito
que pede outra vida
batendo no peito

Laila